A Livraria, Penelope Fitzgerald, Bertrand Brasil, 2018, capa brochura, 2ª edição, 159 páginas, bem conservado, apenas com vinco horizontal na capa.
::: Apesar de a questão da classe aparecer a todo momento em A Livraria, dinheiro e status social não são os únicos divisores. O romance é político no sentido em que as afinidades e os instintos de Fitzgerald, assim como os de Florence, são liberais e amplamente contra o autoritarismo, mas o divisor real na vida, o que importa, se dá entre os "exterminadores e exterminados, com os primeiros predominando o tempo inteiro". Esse é um tema recorrente nos romances de Fitzgerald, especialmente nos primeiros, inspirados em momentos de sua vida, e é difícil pensar em outro autor que escreva sobre o fracasso com tanta compaixão e perspicácia. :::